A “morte” do Design Gráfico e o futuro do Design de Interface

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Em algum momento da vida você se deparou com uma interface, seja ela um aplicativo, sistema ou site.

Já em outro momento, deve ter ouvido sobre o profissional que desenha essas telas.

Se você tem o perfil mais curioso, talvez já tenha lido sobre este profissional e se interessado pela área.

Mas o que importa aqui é que de alguma forma, já teve contato com o Design de Interface, e sabe que muito tem se falado sobre ser o futuro do design.

Muito se fala sobre as oportunidades de emprego em grandes empresas e o dinheiro que está sendo investido no digital.

Neste artigo eu vou falar um pouco sobre a área, seus principais pontos positivos, e trazer dicas da minha migração do Design Gráfico para o Design de Interface.

A “morte” do Design Gráfico

No mundo digital, tem se falado sobre a morte do Design Gráfico, mas no momento em que escrevo este artigo, não concordo 100%.

Eu concordo que o digital está engolindo o mundo e, principalmente em um momento de crise, tem se mostrado como uma possibilidade para fazer negócios e salvar empresas.

E se fizermos um retrospecto sobre profissões de 20 anos atrás, entende-se um padrão do que a digitalização tem substituído.

Enquanto cursava Publicidade, falávamos sobre mídias tradicionais como revista, outdoor e panfletos.

Hoje parece insano investir prioritariamente em mídias onde se têm um custo altíssimo, pouca previsibilidade e baixa segmentação.

Mas ainda estou aqui para falar que o que acontecerá com o Design Gráfico não será morte, mas uma adaptação.

A mudança

Acredito que a velocidade em que as mídias digitais têm crescido não desacelerará tão cedo. E acima de tudo, não diminuirá a demanda que as marcas têm para se comunicar nesses meios.

Elas querem se comunicar onde está a atenção das pessoas, e a atenção delas (nossa atenção) está no digital.

Você deve ter uma ideia de onde eu quero chegar.

Com a quase hegemonia do universo digital, há alta procura por profissionais que entendam do meio e saibam se comunicar por lá.

E deixa eu te falar uma coisa: a comunicação no digital não é apenas adaptar panfletos e placas, a dinâmica é totalmente diferente.

No digital trabalhamos com princípios diferentes e lidamos com um leitor diferente do impresso.

E os profissionais mais habilitados conhecem esses dois universos, pois como disse, o designer gráfico pode não deixar de existir, mas precisa se adaptar.

Mudança de software

Além de outros princípios, outro perfil de leitor e outro universo, talvez a principal mudança para um designer iniciante seja o software.

No Design Gráfico existe uma tendência em utilizar os software da Adobe para tudo. E realmente, as principais necessidades são supridas pelo Photoshop, Illustrator e Indesign.

Mas hoje, esses softwares não oferecem suporte para as principais demandas do Design de Interface.

E para isso, existem outros softwares que buscam atender essas demandas, incluindo pilares que o digital prega.

Claro que existem designers de interface que usam os softwares que falei acima, mas garanto que com a experiência em softwares qualificados, eles optem por não voltar.

“Éricles, então deixaremos de usar o Photoshop e Illustrator?”

Não, acontece uma migração para softwares especializados para o desenho e documentação da interface.

O Photoshop e Illustrator são extremamente úteis para tarefas complementares ao desenho de interface como edição e tratamento de imagens e manipulação vetorial.

“E quais são os principais softwares que posso usar?”

Segundo o site uxtools, baseado em uma pesquisa de 2019, os principais softwares utilizados para o desenho de interface são:

  • Sketch
  • Figma
  • Adobe XD (olha a Adobe aqui de novo)
  • Invision
  • Framer
  • Axure

Tive experiência com quase todos eles, e recomendo que teste cada um e entenda como esses softwares valorizam seu processo.

Preciso saber código?

Para trabalhar como designer de interface não é necessário saber código, mas ter esse conhecimento adicional vai ser um diferencial nas suas entregas e comunicação.

Explicando melhor sobre isso, quando você tem algum conhecimento, mesmo que mínimo, sobre o trabalho do seu time, fica mais simples de criar um ponto de conexão no diálogo e soluções.

Mas também é possível simplificar as próximas etapas do outro profissional, porque o produto de um design de interface é código.

Principal insight

Além disso, existe uma maneira que a galera do desenvolvimento pensa que deveria ser comutado entre os designers.

Existe uma lógica de essencialismo na mente de cada desenvolvedor, que quando compreendido por um designer, é possível de aplicar diversos princípios do Design.

O princípio número um é: Don’t repeat yourself (DRY), que significa “não se repita”.

A ideia de componentização mora aí.

Por que fazer diversos elementos mega-parecidos quando se pode criar um componente e aplicar o princípio da consistência?

No Design de Interface você vai ter que lidar com diversas telas e diversos elementos que se repetem, ter uma biblioteca com esses componentes facilita o trabalho para os três: o designer, o desenvolvedor e o usuário.

Conclusão

Neste artigo, pincelei sobre o contexto em que o digital se destaca e muda a forma do designer trabalhar e se comunicar.

Se você entendeu que faz sentido, deixe seu comentário abaixo.

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Este artigo foi escrito por:
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Éricles Batista

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