Sabe aquele dia em que há uma verdadeira “muvuca” na loja da esquina? Um entra e sai, empurra-empurra, clientes agarrando produtos e disputando-os como se suas vidas dependessem disso? É mais ou menos isso que está acontecendo hoje, na internet.
Se não te avisaram ou você acordou do coma profundo justamente hoje, explicaremos: está rolando o Black Friday, uma tradição com raiz americana onde os comerciantes dão super descontos e os compradores vão à loucura.
Mas, literalmente loucura é o que está acontecendo com alguns sites. Não é nosso objetivo citar nomes, mas é sabido que muitas lojas não se prepararam para o grande volume de acessos em seus e-commerces. O resultado? Páginas fora do ar e consumidores “xingando muito no Twitter”. E no Facebook.
Seja por inocência das lojas por errarem na estimativa de acessos ou mesmo por falta de preparo, o que vemos é um festival de mensagens de desculpas aos consumidores pela instabilidade das lojas e promessas de que “estão fazendo de tudo para normalizar a situação”.
E quanto aos preços?
É aí que entra uma questão que não é mamilo, mas é igualmente polêmica. Muitos consumidores reclamam que os preços praticados na Black Friday brasileira são maquiados para parecerem imperdíveis. Dizem que enquanto o anunciante mostra o selo de 70% de desconto, na realidade o desconto não passa dos 15%. O motivo? O preço “anterior” do produto não seria real, mas sim uma supervalorização para engordar o desconto.
É verdade que isso não se aplica a todos os produtos, de todas as lojas. Existem alguns realmente com bons descontos. Porém a situação acima infelizmente parece não ser somente uma teoria. Seria o “jeitinho brasileiro” entrando em ação?
Seja como for, a realidade é que o Brasil tem pela frente uma vasta expansão no comércio eletrônico. Tem potencial também, sem dúvida. Tanto da parte de vendedores quanto de compradores.
Porém, o que vemos na atual situação é um Black Friday meio capenga, com servidores que não agüentam o volume de acessos e descontos muitas vezes questionáveis.
Mas talvez seja apenas o começo da consolidação desse costume no Brasil. Talvez essa questão melhore com o tempo. Talvez futuramente tenhamos um verdadeiro Black Friday. Talvez.