Quem sabe como fazer storytelling entende que este talento é capaz de fazer com que suas peças de design apresentem resultados muito melhores e que, com isso, o coloquem em uma posição de destaque perante outros designers.
Pode-se dizer que ela é uma das principais soft skills para quem é da área, já que embora não seja uma habilidade necessariamente mensurável, é fundamental para os profissionais que desejam potencializar os resultados de seus projetos e oferecer algo além de suas habilidades técnicas.
Como estamos falando do design, a seleção das imagens é indispensável para contar histórias impactantes, mas você sabe como fazer isso? Quais critérios devem ser considerados? Será que realmente faz tanta diferença assim?
Se você ficou interessado no tema, continue por aqui para saber como proceder quando precisar escolher imagens que se conectem à proposta emocional de suas peças de design!
Antes disso, porém, vamos entender melhor a eficácia dessa técnica.
Quão eficaz é o storytelling?
Muito. Ele já foi até objeto de estudo, como o “Storytelling Is Intrinsically Mentalistic: A Functional Magnetic Resonance Imaging Study of Narrative Production across Modalities”, publicado no periódico Journal of Cognitive Neuroscience.
Em resumo, nele foram analisadas três diferentes modalidades de expressar ideias: fala, pantomima (algo como um teatro gestual) e desenho. O objetivo foi identificar, através de imagens de ressonância magnética funcional, áreas em comum no cérebro que mediam a comunicação narrativa entre esses três mecanismos.
A conclusão do estudo foi que o envolvimento das áreas do cérebro afetadas foi pela produção narrativa sugere que as pessoas adotam uma perspectiva intrinsecamente mentalista e orientada aos personagens quando se engaja no storytelling, seja pela fala, pantomima ou desenho.
Em termos mais simples, comprovou-se a eficácia do storytelling também através dos desenhos e, por consequência, dos recursos gráficos. Logo, as emoções que sentimos quando vemos algum conteúdo que a “contação de histórias” foi aplicada não é coincidência, mas sim ciência.
Imagens e storytelling: como escolher as melhores?
Nós já comentamos por aqui sobre como escolher imagens que chamam atenção, mas não tínhamos abordado especificamente o fato do storytelling. Portanto, algumas dicas importantes são as seguintes:
- Use e abuse dos detalhes. Em vez de pensar apenas em retratos para ilustrar a imagem de uma pessoa, traga pequenos detalhes que conversem com aquela história. Não olhe apenas para o destaque da imagem, mas sim para toda ela.
- Preste bastante atenção no fundo das imagens. A escolha de imagens para storytelling não passa apenas pelos elementos que aparentemente são os principais, mas também pelo fundo, que é indispensável. Ele pode ajudar a transmitir amor, paz, medo, raiva, tristeza ou quaisquer outras emoções, ou seja, deve ser considerado na sua escolha.
- Se possível, use mais de uma imagem com diferentes estilos. É difícil contar uma história com apenas uma imagem, mas quando este número aumenta, chega-se mais próximo do objetivo, que é de tocar no emocional das pessoas. Pense nisso no momento da escolha.
- Não se esqueça do peso da emoção. Quem sabe o que significa storytelling entende que as emoções são parte integrante do processo, e por mais que a dica pareça um tanto quanto óbvia, é importante destacá-la. Um ponto interessante é que, além de capturar rostos, pense também na expressão corporal, capaz de transmitir bem o valor emocional que se deseja passar.
- Lembre-se também da composição e da iluminação. Composição, em suma, é como a imagem é posicionada em relação aos elementos que se deseja capturar, enquanto a iluminação é a presença de luz na imagem. Ambos elementos são fundamentais para quem busca saber como fazer storytelling, já que potencializam as emoções ali presentes.
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Como aprender mais sobre o que é storytelling?
Aqui, nós fizemos um resumo do que merece ser observado em relação às imagens para storytelling. Porém, essa é uma área que vai muito além do que comentamos, já que também tem outras vertentes, inclusive que impactam no design, da psicologia das cores às fontes e textos utilizados.
A recomendação para quem deseja desenvolver esta habilidade é ler extensivamente conteúdos sobre o tema, o que demanda um bom trabalho, de fato, mas pode impactar nos feedbacks recebidos de seus clientes e, consequentemente, na qualidade (e até no valor) dos seus serviços.
Para quem deseja ir além, pode-se investir em cursos para aumentar seus conhecimentos. Nossa indicação vai para o “Pixar in a Box”, curso online disponível na plataforma Khan Academy que traz conceitos de uma referência quando se fala sobre storytelling. O melhor: é de graça!