Quando falamos sobre design automotivo, temos que levar em conta vários fatores que vão além do visual do carro em si. Consumo, potência e segurança são alguns itens que são levados cada vez mais a sério. E o design tem soluções incríveis para cada um deles.
Durante uma semana experimentei o New Fiesta Ecoboost Titanium com motor 1.0 turbo. O que posso dizer? Que nunca senti tanto prazer em dirigir um 1.0 em toda minha vida. Mas antes, vamos falar do seu design…
O Design inconfundível da Ford
Me lembro muito bem quando a Ford deu um salto em design, em 2013/14. Veja o Ford Fusion, por exemplo. Se em 2005 o modelo de entrada já surpreendia, o modelo totalmente redesenhado em 2013 atraía olhares onde quer que passava. Inclusive o meu.
E com o New Fiesta, não poderia ser diferente. Apesar de não haver mudanças no visual na linha 2017, o design continua moderno e ainda chama atenção por onde passa.
É interessante notar o cuidado dos designers da Ford em praticamente todo o carro. A já conhecida grade dianteira e os faróis com desenho pontudo são marcas registradas, mas a costura dos bancos e o volante com pegada anatômica são detalhes que não podem passar despercebidos.
Na versão Titanium, detalhes especiais como o sistema de partida sem chave (Ford Power) e a chave com sensor de presença fazem a diferença na experiência do usuário.
Ponto positivo também para o acendimento automático nos faróis e o fácil acesso aos comandos de ajuste nos retrovisores com tecnologia eletrocrômica, que reduzem a quantidade de luz automaticamente quando necessário, evitando reflexos incômodos para o motorista.
O sistema de conectividade SYNC AppLink, presente há alguns anos também não faz feio com seus comandos de voz, principalmente com a conectividade com celular, sendo possível atender chamadas com um simples toque sem tirar a mão do volante.
O sensor de ré é bom, porém bastante sensível (em um teste, ele apitou loucamente por causa de um pequeno galho de árvore no chão).
Como o vidro traseiro tem visibilidade um pouco reduzida, principalmente por causa dos encostos do banco traseiro, uma câmera de ré seria uma boa pedida. Fica a dica, Ford.
Mas no geral, o veículo passou no teste mais infalível que existe: o teste do elogio. Na semana em que dirigi o carro, recebi alguns comentários positivos de passageiros e de pessoas que o viram por fora, mesmo sendo um carro com visual presente em nosso país desde 2013. Sinal que o seu design continua moderno.
Mas eu não poderia terminar o texto sem falar do grande diferencial da versão Ecoboost…
A potência!
Fiz questão de mostrar para alguns passageiros a potência do veículo. Em algumas retas, pisei fundo (respeitando os limites de velocidade, claro) e a reação sempre era a mesma: a cara de espanto.
Quando me perguntavam a motorização do carro, os olhos arregalados ficavam ainda mais evidentes quando eu respondia com um sorriso no rosto: 1.0.
Acredito que o New Fiesta Ecoboost, assim como alguns poucos 1.0 turbo no mercado, são apenas o começo de uma grande tendência em motores: entregar máxima potência com motorização leve e robusta.
É o casamento perfeito entre performance e economia. Algo que outras áreas do design sempre fizeram. Lembra do papo de que menos é mais? Parece que finalmente os engenheiros automotivos entenderam isso.
Fotografias de Isa Gonsales.