Viajar é uma das melhores experiências que podemos fazer sempre que possível. E para quem ama fotografar, todo bate e volta pode ser um passeio fotográfico. Além de ser ótimo para sair um pouco da rotina e conhecer novas culturas, viajar pode ser um verdadeiro curso intensivo de fotografia.
Pra isso, saiba como se preparar e aproveitar o melhor de cada cena em seu passeio.
Por isso, continuando com nossa série sobre dicas de fotografia, mais especificamente seguindo a linha do artigo anterior, separamos aqui mais algumas dicas para que você possa curtir e capturar os melhores momentos.
Celular é bom, mas levar uma câmera é melhor
Hoje, os smartphones com certeza trazem ótimos resultados, muitas vezes até melhores que algumas câmeras, como já comentamos no artigo sobre como tirar fotos melhores com seu celular. Com certeza ele é um ótimo companheiro em suas viagens.
Mas, ao mesmo tempo que o celular pode permitir experimentar composições únicas (como comentamos nesse artigo), ele também pode limitar suas experiências em termos de aproveitamento de luz e sombra e, principalmente, zoom e controle de profundidade.
Por isso, se você tiver a possibilidade de levar uma câmera com lentes intercambiáveis (DSLR ou Mirrorless) ou uma lente mais versátil (como as que variam de grande angular a tele) vai perceber como vai ser muito mais fácil de capturar os momentos que quiser.
Além da questão da lente, que muda absurdamente, outro item que o celular tenta mas não consegue fazer em sua totalidade são os controles manuais. O que nos leva ao próximo item:
Evite usar apenas modo o automático
Seja no celular ou câmera, o modo automático, como vimos em diversos artigos da nossa série de fotografia (Modos Semiautomáticos, Tripe da exposição, entre outros), faz com que a câmera tente compreender a iluminação do ambiente e configure a sua imagem para que essa composição esteja melhor iluminada. Mas nem sempre é isso que gostaríamos.
Fotos de silhuetas, paisagens vistas do lado de dentro (onde há muita diferença de luz), e principalmente fotos em movimento (com ou sem desfoque de movimento), exigem um controle manual, ou pelo menos clicar na tela na região que gostaria que fosse iluminada. Mas ter o controle da câmera é muito mais divertido e gratificante de ver o resultado.
Para isso é importante compreender bem como funciona esse tal de tripé da exposição (ISO, abertura e velocidade). Estudando um pouco disso, vendo referências e treinando muito com sua câmera, suas fotos com certeza ficarão cada vez melhores.
Tenha um tripe portátil
Se seu passeio for também uma viagem fotográfica, um tripé portátil vai permitir que você capture imagens com muito mais controle e possibilidades. Inclusive já falamos um pouco sobre as vantagens de levar um tripé em suas viagens.
Mas, resumindo, um tripé permite que você posicione a câmera onde e como quiser, assim você pode se preocupar mais em conseguir uma composição perfeita, além de possibilitar ajustar a exposição e foco com muito mais calma.
Existem coisas também que só podem ser feitas com a câmera apoiada, como fotos com a velocidade do obturador reduzida (abaixo de 1/10 já é muito difícil tirar uma foto na mão sem borrar nada) e fotos HDR (pois o HDR real tira 3 fotos sequenciais com exposições diferentes, caso a câmera esteja na mão, esse efeito pode não sair tão legal). Sem contar em efeitos que funcionam melhor com um movimento mais suave e uniforme, como o panorama.
Sendo assim ter um tripé, mesmo que para o seu celular (ativando os controles manuais), vai abrir um leque de possibilidades em sua criação. Experimente!
Não se empolgue com a quantidade de equipamentos
Logo depois de falar do tripé, que obviamente vai ocupar espaço, lembro aqui que seus equipamentos não podem atrapalhar sua viagem, mas sim ajudar a registrar os melhores momentos dela e conseguir capturar imagens únicas.
A quantidade é algo que deve se policiar e que varia conforme o que for fazer, onde for e como vai.
Por exemplo, se for fazer esportes de aventura, não tem sentido levar uma câmera pesada com lentes grandes, mas sim uma GoPro ou um celular com proteção extra para água e impacto. Se for mais para observar, é justamente o contrário, já que uma teleobjetiva vai ajudar muito a ver de longas distâncias, como animais e objetos distantes. Sem contar de quando for de avião, lembre-se que a bagagem de mão tem limite de tamanho e peso.
Mas, o mais importante: quantidade não é qualidade. Use o equipamento que te deixa mais a vontade para experimentar e também o que você já treinou mais, para permitir que sua criatividade te guie nas imagens e para não perder nenhum momento.
Em vez de gastar muito dinheiro com uma nova câmera, estude mais o que é possível fazer com a sua câmera atual, ou mesmo seu celular. Estude muito além da questão técnica, focando principalmente na regras e ideias de composição.
Todo cuidado é pouco
Independente da quantidade de equipamentos que for levar, eles precisam estar seguros. Imagine, por exemplo, você buscando o melhor ângulo mas ao mesmo tempo precisando olhar em volta para não ser abordado e perder sua câmera.
Infelizmente essa situação é extremamente real e próxima de qualquer lugar que for, e todo cuidado é pouco para conseguirmos nos manter seguros. Mas não podemos ficar preocupados a ponto de não curtir a viagem.
Por isso, procure por seguros de equipamentos portáteis, a maioria protegerá sua câmera e celular de roubo, muitos também protegem de furto e quedas acidentais, permitindo que aproveite o local que for com menos preocupação.
Conclusão
Se fosse resumir tudo isso em um parágrafo seria: faça com que toda viagem seja um aprendizado na fotografia, treine com seu equipamento e explore ideias fora do comum, pois essas fotografias serão as que mais você vai querer ver e lembrar de onde estava.
Estude sempre e até a próxima!