Acredito que a maioria das pessoas que está lendo esse artigo trabalha ou quer trabalhar na produção de conteúdo e/ou nas diversas áreas criativas. Isso faz com que a palavra identidade fique logo relacionada ao seu logo, símbolo, tipografia, cores, etc.
Bem… Você acertou!
Ter um canal no Youtube não exige apenas criatividade para vídeos interessantes, mas exige que essa criatividade também faça parte de sua identidade visual. Em outras palavras: sua “cara” quando seu rosto não estiver aparecendo!
Com tantos bons canais por aí, se destacar é uma tarefa que vai exigir uma boa dedicação, não só com essa estruturação inicial que estamos vendo nessa série de posts de como criar um canal, mas com sua incansável busca por melhorar e continuar fazendo seus vídeos, mesmo depois de comentários de haters (ou nenhum comentário), poucos seguidores, likes escassos, etc.
Nesse momento não vou abordar a parte técnica, ou seja, tamanho de imagens, restrições de formatos e etc. Essas coisas já falei no artigo sobre as peças necessárias do Youtube. Caso esteja com alguma dúvida sobre esse assunto, dá uma passadinha por lá.
Ah! Evitei também mostrar algumas referências minhas de canais. Porque apesar das dicas dificilmente mudarem com o tempo, o estilo visual rapidamente vai ficar obsoleto e prefiro que cada um busque suas próprias referências.
Seu nome
Nada de enrolação e segmentação extrema. Ou seja: prefira nomes curtos. Evite limitar seu público com nomes como Tutoriais, Games, entre outros.
Inserir seu segmento de atuação no nome vai te prender nele pra sempre. E caso você queira falar de algo um pouco diferente, vai gerar estranheza e quebra de identidade.
Não esqueça de fazer uma boa pesquisa do nome que deseja usar, não só no Youtube, mas também no site registro.br, porque pode ser interessante ter um site relacionado ao seu canal no futuro.
Referências
Seu canal dificilmente será o único a falar do assunto que deseja, mas isso não é problema. Tem espaço pra todo mundo. Por isso, pesquise outros canais que tem uma ideia próxima da sua, veja como eles estão fazendo as coisas, como tem atraído seguidores, quais são suas principais características.
Referência não é copiar. Você vai analisar o que está dando certo e utilizar essas características mescladas ao seu estilo pessoal. Porque também não adianta copiar completamente uma ideia e ter dificuldade de manter isso de uma maneira natural depois, já que não é propriamente criação sua (além da questão ética, obviamente).
Briefing e Drafting
Não são só termos em inglês bonitinhos. Se forem esses seus dois passos iniciais para fazer qualquer coisa, com certeza vai te ajudar muito.
Enquanto no briefing nós organizamos as ideias (vindas de um brainstorm anterior), no drafting rascunhamos tudo no papel. Começamos a trabalhar nas primeiras versões, antes de passar para o computador.
Parece estranho fazer tudo no papel, e até mesmo ecologicamente incorreto, mas para muitos isso traz um resultado muito melhor. Existem até estudos indicando que a luz do monitor diminui o foco, além das distrações sociais que ficam saltando na tela o tempo todo. Então o papel pode ser bem útil para dar uma acelerada nas sua criação.
Com a ideia mais avançada, escaneie ou tire uma foto e vetorize, finalize no computador e tudo mais.
Cores
É claro que não existem cores certas para seu canal de uma maneira universal. Cada canal vai ter uma paleta própria que vai ajudar a identifica-lo.
Mas não deixe de usar ferramentas que vão sempre ser muito úteis, como o próprio Color, da Adobe, para criar suas paletas, mandar para seus programas favoritos e manter um padrão em seus vídeos e peças.
Fontes
Assim como as cores, elas mudam com o estilo de conteúdo que vai produzir. Mas não esqueça do mais importante: legibilidade.
Não adianta nada se preocupar com a lente e iluminação, mas utilizar fontes que tornam o que está escrito ilegível.
Nesse aspecto as dicas principais já são bem conhecidas, como fontes serifadas (aquelas com perninhas) para questões mais sérias e tradicionais, as sem serifa para informações mais diretas, de leitura rápida, e as manuscritas para passar um toque pessoal, feminino ou artístico na informação. Nesse post falamos um pouco sobre como as fontes podem se relacionar com imagens.
As outras categorias são mais pontuais e podem ser usadas a qualquer momento para justamente criar um impacto momentâneo.
Usar uma fonte padrão ajuda seus seguidores a reconhecer seu canal só pelo estilo nas imagens das redes sociais e nos seus próprios vídeos (principalmente nas miniaturas dos vídeos). Então só deixe de utiliza-la quando você realmente quiser passar uma informação que precisa ser diferenciada.
Símbolo
No Youtube, a utilização de símbolos é mais comum do que de uma assinatura visual completa, com tipografia. Claro que isso não é uma regra rígida, é mais pelo aproveitamento de espaço e porque seu nome vai aparecer sempre junto ao símbolo de maneira padronizada, com a fonte do Youtube. Ficando muito repetitivo passar essa informação duas vezes (na imagem e no nome do canal).
Como o símbolo é muitas vezes usado no rodapé do vídeo, o ideal é ter uma versão negativa dele, ou seja, uma versão vazada (recortada e com fundo transparente) e branca. Isso não quer dizer que o seu símbolo oficial precisa ser super clean, porque aí entra seu estilo pessoal e do seu canal. Aí voltamos às referências.
Vamos continuar com algumas dicas para criar ou atualizar o seu canal do Youtube. Então continue acompanhando nossos futuros posts e até a próxima!