A marca de uma empresa vai muito além de sua representação gráfica, como um simples logotipo ou as cores utilizadas na identidade visual. Muitas vezes, a marca tem uma personalidade complexa, que tem por objetivo criar empatia com seu público.
A marca Globo começou a ser reformulada há cinco anos, com objetivo de acompanhar as mudanças no mundo e na vida. Para reforçar o relacionamento com as pessoas, recentemente foi lançado o Livro da Marca, que, segundo a empresa, vai além de um manual de marca, sendo uma “representação da alma da Globo, materialização de sua personalidade e essência”.
O material digital e interativo apresenta em detalhes o processo de evolução pelo qual a marca passou nos últimos anos, acompanhando as mudanças nos mercados de criação, produção e distribuição de conteúdo no Brasil e no mundo.
Todos os detalhes do projeto foram pensados para representar de forma lúdica os valores da marca. O principal deles – o movimento – está traduzido em seu formato dinâmico, com elementos que permitem a interferência e interação de quem o acessa.
Os elementos da marca Globo e seus diferentes usos
Atualmente, a Globo possui mais de 115 marcas diferentes, seja dos produtos de Entretenimento, Jornalismo e Esportes, ou de iniciativas que visam reforçar a presença da Globo na relação com o público.
O Livro da Marca apresenta alguns capítulos dedicados ao trabalho de criação e manejo dos elementos visuais para garantir que todos conversem com a marca institucional.
O Sistema de Identidade
O primeiro deles trata do Sistema de Identidade e tem como objetivo orientar o desenvolvimento de qualquer manifestação visual da marca, servindo como ponto de partida para qualquer material institucional da marca.
O Volume de Marca
O site também permite que as pessoas façam o teste de volume de marca, uma metodologia que preza pela longevidade da marca e pela coerência de seu portfólio aos olhos do público. Sua intenção é apontar recomendações para um crescimento ordenado e em harmonia com sua história.
Para apoiar a definição sobre a criação ou não de novas submarcas, foi desenvolvida uma árvore de decisão: um fluxo de questões que resulta em uma recomendação para cada um dos casos mais frequentes.
Os logos
Dando sequência à navegação, existe um capítulo dedicado aos logos e suas transformações no decorrer dos anos. Uma galeria interativa permite acompanhar todas as mudanças desde a fundação da empresa em 1965.
As cores
As cores, elementos fundamentais para a identidade visual têm uma seção especial. O guia mostra as cores oficiais da marca, que servem como composição dos gradientes e seus usos e aplicações.
As fontes
A tipografia exclusiva da empresa também merece atenção. Criada especialmente para atender as mudanças tecnológicas e de conteúdo que levaram a Globo para além da TV, a Globotipo foi desenvolvida para ser usada em todas as plataformas.
A nova fonte lembra a Globoface, usada desde os anos de 1980 e implementada ainda quando a Globo era apenas uma emissora de televisão aberta, que exibia conteúdo basicamente em televisores com formatos e resoluções de imagem bem diferentes dos atuais.
E o capítulo dedicado a ela no Livro da Marca vai muito além dos exemplos de utilização. Traz todos os detalhes, suas diferentes famílias e a explicação de que suas formas arredondadas, semelhantes a um cilindro, representam a projeção da esfera, movimento no design estético. No material, as pessoas também podem testar a fonte, para avaliar o seu uso em diferentes textos.
On Air
As peças on-air também ganharam um espaço de destaque no site. Afinal, seja nos produtos ou nos intervalos, com chamadas, vinhetas e campanhas institucionais, são um veículo estratégico para informação e consolidação do território visual da marca.
Além de uma galeria de trabalhos já exibidos, uma seção exclusiva reforça as características atuais das peças que ajudam a manter, permanentemente, os atributos da Globo no ar: são dinâmicos, coloridos, vibrantes, flexíveis e trazem o logo da empresa como protagonista.
Os impressos e o digital
O uso da linguagem visual em materiais impressos e para aplicação no universo digital é detalhado em dois capítulos.
Neles, é apresentada a forma correta de trabalhar anúncios e papelaria, além de conteúdos criados para diferentes plataformas, como sites oficiais, comunicações internas, redes sociais e outras extensões digitais.
A sinalização
Outra forma de representação física da linguagem visual, a sinalização nos andares, paredes e salas dos prédios, sedes e estúdios da Globo também têm diretrizes definidas e apresentadas no Livro da Marca.
É possível conhecer as placas e ícones utilizados pela empresa. Como curiosidade, vale destacar que nos últimos dois anos foram atualizados e sinalizados quase 48 mil m² de área e mais 34 mil m² serão contemplados com materiais criados com a Globotipo e outros elementos visuais da marca Globo.
A fotografia e a ilustração
Nas últimas seções abertas ao público, a fotografia e a ilustração também têm seu uso detalhado.
Para a primeira, a orientação é que o encontro com a vida real, com emoções reais, seja sempre inspiração. Retratos de funcionários da Globo, que se voluntariaram para fazer parte do projeto, são usados para um teste de retoques, com filtros coloridos que permitem visualizar o uso do degradê para compor as imagens.
A utilização de ilustrações também precisa seguir regras de linguagem visual e, para isso, uma galeria com exemplos de campanhas e peças criadas com esse recurso criativo serve de inspiração para trabalhos futuros.
Única seção fechada para funcionários e convidados, a área de downloads traz o logo da Globo e família completa da Globotipo, para que os elementos visuais corretos possam ser utilizados em diferentes ferramentas e situações.
“O Livro da Marca é um projeto vivo, que irá evoluir junto com a Globo. O bacana desse trabalho é que ele dá um norte, será uma bússola para guiar o caminho para o futuro da marca”, define Sergio Valente, diretor de comunicação da Globo.
Ficha técnica – Livro da Marca
Direção de Criação: Sergio Valente, Mariana Sá, Leandro Castilho.
Direção de Inovação: Washington Theotonio.
Head of art: Waldemar França.
Criação: Washington Theotonio, Waldemar França.
Direção de arte: Waldemar França, Washington Theotonio.
Redação: Leandro Castilho, Bernardo Magalhães , Fabio Leão.
Lead designer: Mariana Sá, Washington Theotonio, Waldemar França,
Designer: Lorena Freire, Felipe Bellintani, Christiano Calvet.
Direção de Planejamento: Carla Sá.
Planejamento: Bernardo Magalhães.
Atendimento: Andrea Couto, Tatiana Lima.
Direção de produção comunicação: Jaqueline Couto.
Produção comunicação: Fernanda Deway, Milaine Almeida.
Mídia: Vitor Silveira