Nesse post da série Inspiração Editorial, vamos fazer um pouco diferente para abordar esse tema tão específico mas que já deve ter batido na porta de muitos designers que estão aqui: Cardápios para restaurantes, bares, cafés e etc…
Separamos 7 dicas que vão deixar o seu trabalho muito bonito, objetivo e extremamente eficaz (seu cliente agradece).
Além disso, ao expor essas e outras dicas para seu cliente, você estará também prestando uma consultoria especializada, um serviço que você poderá cobrar separadamente do seu trabalho de criação do layout.
A escolha do material é essencial
Sua criação pode ser perfeita em praticamente todos os aspectos, mas se o papel e acabamento não for adequado ao público do cliente, poderá ser um tiro no pé.
Restaurantes mais caros transmitem também a qualidade de seus serviços oferecidos no cardápio, usando materiais mais elaborados, de toque e visual diferenciado para passar essa ideia. Se nesse restaurante, os fregueses se depararem com um papel de baixa qualidade (ou vagabundo, se preferir), seu trabalho será jogado no lixo… literalmente.
O mesmo acontece no outro lado da moeda. Pode não ser uma boa usar materiais nobres para os cardápios e comunicação de estabelecimentos mais populares. O mesmo aplica para escolha de fonte e imagens. Os fregueses desse cliente esperam pagar pouco. Se ao chegar no estabelecimento toda a comunicação dele remete a um restaurante mais caro, é motivo de fuga.
E lembre-se: para apresentar a ideia do material que pretende utilizar, nada melhor que um mockup.
O cifrão do terror pode ter menos destaque
A hora da conta é algo que até mesmo os menos apegados ao dinheiro podem sentir um friozinho na barriga.
Se você reforçar o símbolo do real (R$) em todo momento que for citar o preço do produto, deixando ele no mesmo tamanho do preço, você estará fazendo duas coisas: poluindo com informação repetitiva e, inconscientemente, aterrorizando os “Tios Patinhas” de plantão.
Um cuidado especial que devemos tomar ao trabalhar com preços é não esconder os centavos e nem mesmo o cifrão por completo, para evitar que os fregueses do estabelecimento exijam pagar 5 centavos ou 5 pesos chilenos por um refrigerante ao invés de 5 reais.
Use bem o espaço negativo
Um cardápio poluído só vai confundir as pessoas que querem fazer o pedido.
Prefira trabalhar com fundos que possuem imagens neutras ou cores sólidas. Não há necessidade, sendo inclusive uma péssima prática, de preencher todos os espaços possíveis e imagináveis.
Resuma as opções
Existe uma pizzaria muito conhecida por aí, com logo vermelho e branco, e que está em quase qualquer shopping. Além de sua massa estilo “pan”, uma das características está em seus cardápios e a pouca variedade de opções de pizza nele.
Talvez seja um caso extremo, já que são em torno de 5 ou 6 sabores de pizza oferecidos, mas um número reduzido de possibilidades facilita e agiliza muito a escolha das pessoas. Sendo um fator importante para fast-foods.
Claro que você não poderá cortar pratos a sua escolha sem a autorização do cliente, mas se mesmo com a sua consultoria, ele decidir ter muitas opções de pratos, uma boa é destacar poucos (os que gerarem maior lucro para ele) e o restante deixar como opções secundárias e menos destacadas.
Conte uma história
Esse é outro item que você precisaria da ajuda do seu cliente para elaborar, mas é muito eficiente.
Itens com uma descrição mais elaborada chama atenção como sendo produtos superiores aos demais. Faça isso com os pratos que oferecem um maior lucro ao seu cliente.
Utilize as cores com sabedoria
Você já deve ter escutado diversas vezes como a utilização das cores é importante em qualquer trabalho. E sim, é extremamente importante.
Bons exemplos, e já manjados, para produtos da indústria alimentícia é a utilização do amarelo para chamar a atenção do freguês, o laranja para mostrar como algo é apetitoso e induzir a fome, o verde para dizer que é um alimento mais saudável, orgânico ou fresco e o vermelho normalmente fica em itens mais promocionais ou que oferecem um maior lucro para o seu cliente.
Claro que a utilização das cores também deve respeitar a identidade visual do cliente e o preço dos produtos. Certas cores podem não fazer sentido com o resto da comunicação.
Não ordene apenas por preço
Uma tendência nossa, como cliente, é olhar para os dois primeiros produtos da lista e se a lista for longa, pular até o fim. Ou seja, aproveite melhor essas três áreas e coloque os melhores produtos.
Claro que isso não é uma receita de bolo (comentário curioso, considerando que estamos falando de cardápios), porque algumas dessas dicas não podem ser aplicadas simplesmente por sua vontade, mas depende muito do cliente e também do estilo do estabelecimento.
Mas aplique o que for possível e veja o resultado :)