O que podemos aprender com o Design Colaborativo

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Já diziam os ditados antigos que duas cabeças pensam melhor do que uma. E quando nos referimos a solução de problemas, quanto mais mentes pensando sobre possibilidades, melhor o escopo de escolhas.

Neste artigo eu vou falar sobre Design Colaborativo, inspirado na co-live da Diana, Emerson e Renata, e que é um tema que possui raízes muito presentes em tudo o que escrevo.

O que é?

Estamos nos referindo a uma abordagem metodológica onde a colaboração é o objeto central. Assim como os times de Scrum, é importante que a abordagem do Design Colaborativo seja multidisciplinar, para assim convergir nos melhores resultados.

Outro ponto que motiva a existência do Design Colaborativo é o processo mais humanizado, com a participação de mentes diferentes em prol da resolução de um problema identificado.

Esse processo é muito similar ao Design Centrado no Usuário, onde o afetado pelo problema tem atuação na solução.

Por que fazer?

Como eu disse anteriormente, o Design Colaborativo visa novas perspectivas sobre o mesmo problema, o que com certeza motiva a ideia de diversidade nas empresas e diversidade de mentes na busca por soluções, que está diretamente ligado à inovação.

Com esse compartilhamento de ideias, o conhecimento não fica centralizado em apenas uma figura, o designer, mas sua capacitação se encontra em mediar esses processos por meio do Design Thinking.

É evidente que um dos maiores desafios de ideação e criação é o entendimento do problema. Considero que seja a etapa de maior importância em todo o projeto. E entender um problema é buscar observá-lo por diferentes prismas e analisar os diversos impactos que pode ter na vida do maior número de pessoas.

O maior erro do designer

Pode parecer óbvio hoje em dia quando falamos sobre diversidade, criatividade e inovação. Detectamos facilmente a raiz das ameaças e entendemos que o ser humano no centro dos processos é a forma mais eficaz e eficiente de aumentar a assertividade.

E por conta da nossa consciência sobre os itens acima, digo que o maior erro de um designer é distanciar-se da solução. Vou generalizar as áreas do Design para facilitar a explicação.

Um designer que não consome do seu projeto se torna suscetível a cometer o erro de projetar por prêmios ou reconhecimento de outros designers. Consumir do seu projeto é fazer uso do que você considera uma solução para o outro.

É evidente que um designer não pode consumir tudo o que produz, pois na maioria esmagadora das vezes, ele não é a persona daquele produto. E a melhor forma de diminuir erros no desenvolvimento e colher feedbacks, é compreendendo o Design Colaborativo como abordagem fundamental nos processos de Design.

Como aplicar o Design Colaborativo

Existe uma série de metodologias e ferramentas que podem ser aplicadas para a prática do Design Colaborativo. Vou falar sobre uma metodologia e duas ferramentas que são excelentes quando conversamos sobre isso.

1- Design Sprint

Sprint é uma metodologia ágil onde os objetos centrais são os ciclos de atividades e entregas bem definidos. Já tenho um artigo falando sobre o tema de maneira mais completa, mas quando falamos sobre Design Sprint, estamos colocando as pessoas como centro do desenvolvimento.

É importante na execução de Sprints ter um time multidisciplinar com papéis bem definidos, o que comunica com o que estamos falando sobre Design Colaborativo.

2- Gamestorm

Como dissidência do Brainstorm, o Gamestorm tem o objetivo de gamificar o processo de geração de alternativas. Ele possui três elementos principais: tempo, ambiente e objetivo.

Em vez de ser livre como o brainstorm, este possui um tempo limite para que os membros participantes expressem suas ideias. Cronometrado o tempo, precisamos definir um objetivo: “o que precisamos solucionar e qual o objetivo dessa reunião?”

3- Zen Voting

Essa ferramenta precisa ser complementar a outra. Podemos dizer que o zen voting se alinha ao processo de definição, logo após a ideação. Conseguimos, por meio dessa ferramenta, democratizar as escolhas a partir de votos.

Cada membro tem direito a três votos, e eles podem ser disposto da forma como o participante achar mais adequado.

A ideia dessa dinâmica é que as ideias não necessitem de alguém que as venda, pois as metodologias ágeis, como o Sprint, acredita que se sua ideia depende de um bom vendedor, talvez precise ser revista.

Dicas práticas

Existem duas dicas fundamentais para fazermos a manutenção do Design Colaborativo nos Projetos, a primeira é saber dar feedback e a segunda é estimular a comunicação.

Esses dois temas merecem um artigo dedicado por serem autônomos, mas já de cara podemos enxergar a importância de ambos na relação com o Design Colaborativo. Estimular a comunicação, por exemplo, é incentivar todos, para aqueles que têm boas ideias não fiquem acanhados com os bons vendedores.

Conclusão

Eu acredito que soluções co-criadas tendem a entregar maior valor percebido, talvez seja por isso que eu falo tanto sobre diversidade e inclusão. Talvez por isso metodologias têm crescido e ganhado destaque em empresas de grande porte.

Se estamos falando sobre Design Colaborativo, a inclusão de mentes diferentes sobre o mesmo problema é crucial, e é papel do designer mediar todos os processos, conduzindo para as escolhas mais adequadas.

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Este artigo foi escrito por:
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Éricles Batista

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