Todo mundo procrastina, desde o CEO da empresa ao arte-finalista, mas o que difere nossos níveis de produtividade é a consciência da procrastinação.
Neste artigo, eu quero falar para você sobre o tema que aflige muitas pessoas que sentem que não estão conseguindo aproveitar ao máximo suas 24h e têm dificuldades em focar no que é necessário.
Antes de começar, o primeiro ponto que quero deixar claro para você é que a principal arma contra a procrastinação é a clareza. Você verá que no decorrer dos tópicos que tratei a seguir, essa será nossa ferramenta mais forte.
O segundo ponto é: estar ocupado não significa ser produtivo.
Estamos tentando parar de procrastinar com o objetivo de ser mais produtivos e focar no que traz algum resultado de verdade. Mas muitas pessoas confundem produtividade com parecer ocupado.
Quando você se ocupa de tarefas que nem precisavam ser feitas, nada se alinha aos seus objetivos de curto, médio ou longo prazo e o sentimento de inutilidade ainda prevalecerá.
Não é sobre encher a agenda, é sobre tomar as decisões mais inteligentes de cada tarefa que decidimos nos dedicar.
Por que procrastinamos?
Todo mundo procrastina, e para entender melhor isso, vou falar sobre os três principais motivos da procrastinação.
Evidente que temos uma série de outros motivos que se aplicam especificamente a cada pessoa, mas no geral, podemos mapear algumas razões primordiais pelas quais deixamos de fazer o que precisa ser feito.
- Não estamos seguros do que precisa ser feito;
- Não temos uma visão clara dos resultados;
- Tentamos evitar a dor ou desconforto da mudança;
Visto isso, temos em mente que o maior inimigo da procrastinação é a clareza. Quanto mais você tem consciência sobre o que precisa ser feito, quais os impactos do que está fazendo e sobre seu comportamento em relação às tarefas, fica mais fácil de diminuir a procrastinação.
E para explicar melhor isso, eu dividi este artigo em 5 ações práticas para você evitar a procrastinação a partir de agora e conseguir cair de cabeça no que realmente é importante para você e que trará mais resultados.
1- Seja claro
Se você dá um comando para seu sobrinho de 8 anos “vai ali”, você acha que algo acontecerá? Com certeza virão perguntas sobre essa tarefa que você delegou, e isso se torna um problema.
Caso queira realmente que algo aconteça, o comando ou tarefa precisam ser claros, isto é, específico e indivisíveis. Em outras palavras, ele precisa relatar uma ação prática, porque quanto mais tangível e próximo do real, maior a chance de realmente executarmos.
“Vai ali no mercado da esquina e compra 2 reais de pão de sal”.
2- Valide a tarefa
Uma simples pergunta norteia este tópico de validação: o que vou fazer está realmente alinhado ao meu objetivo? O foco aqui é entender sobre a pertinência de determinada tarefa em relação ao nosso objetivo.
Muitas vezes incluímos tarefas que não são realmente necessárias para concluir uma atividade, e talvez um dos motivos esteja na sessão sobre “por que procrastinamos”.
Busque, portanto, se apegar ao simples. Pergunte a si mesmo se é possível simplificar a tarefa que conseguiu validar.
3- Tenha um plano de ação
Esta é uma lista de ações em torno de um resultado. A principal pergunta que deve te nortear para ter um plano de ação bem estruturado, mesmo que mental, é: como faço para [nome da tarefa]?
Se você entende como aquela tarefa deve ser feita, fica mais fácil de realmente fazê-la e não procurar distrair-se com coisas que não necessariamente estão ligadas à algum resultado ou objetivo.
4- Livre-se do perfeccionismo
Está aqui um dos maiores (senão o maior) inimigo do fazer: o perfeccionismo.
É aquela voz que sussurra que o resultado ainda não está bom o suficiente, que diz que você precisa investir mais tempo para deixar seu trabalho impecável.
Não estou te incentivando a fazer entregas medíocres, mas quero te mostrar a posição do perfeccionismo aqui.
Existem dois tipos de perfeccionismo que estudiosos se referem: perfeccionistas mal adaptados e perfeccionistas adaptados.
A principal diferença entre o primeiro perfil e o segundo é a forma como enxergam o erro. Para o perfeccionista mal adaptado, o erro é algo horrível que precisa ser evitado, diferente para o perfeccionista adaptado, que entende que o erro é algo natural e faz parte do processo.
Isto é, não tem relação à qualidade da entrega, mas sobre compreender que aquela ação foi o seu melhor naquele momento. Assumir isso te coloca em uma posição suscetível (além do erro) à mudanças, e com ações bem direcionadas, à melhoria constante.
5- Faça
E a última coisa que precisa ser feita é: fazer.
Lembre-se que o melhor método de produtividade é aquele que funciona para você. Tudo o que eu te falei acima é um “template” que eu utilizo para tentar fugir da procrastinação. O que pode funcionar para você talvez seja uma adaptação disso, por exemplo.
Foque em fazer coisas que realmente te tragam resultado e evite fazer aleatoriedades apenas para se sentir ocupado, pois no final das contas piora.
Se ficou alguma dúvida ou quer fazer algum apontamento sobre este assunto, compartilha comigo na área dos comentários!